2025/08/29

O Movimento Ecologista do Vale de Santarém foi criado há 12 anos

Em 30 de Agosto de 2013 foi criado o Movimento Ecologista do Vale de Santarém. Numa reunião na sede do Clube de Amadores de Pesca do Vale de Santarém, após diversas reuniões das pessoas interessadas em criar esta organização. Na altura, no seu blogue, também criado nessa altura, foi dado conhecimento da criação do Movimento.

Os problemas então identificados permanecem, no essencial. Mas então, ainda não se falava muito em alterações climáticas, hoje de uma evidência extrema, por mais que os negacionistas intensifiquem a sua acção em contrário.

Na área do Vale de Santarém a poluição continua no canal da Ponte d'Asseca-vala de Azambuja. A ETAR de Santarém continua a não fazer o seu trabalho.

Localidade em leito de cheia, ninguém pensa no que poderá acontecer em caso de inundações, que inesperadas e violentas quedas de água surjam na zona.

A ponte sobre a vala continua sobrecarregada, com viaturas de muitas toneladas acima do que suporta (10 toneladas) a passar por ali.

Nos combros da vala e aproveitando o antigo ramal ferroviário entre o Vale e rio Maior poderia haver uma ciclovia, da nascente à foz, ou seja, de Rio Maior a Azambuja. Proposta às quatro câmaras municipais (Rio Maior, Santarém, Cartaxo e Azambuja, nada dizem, há anos.

Na zona da Ponte do Vale, a ocupação do combro é um escândalo, mas as Câmaras e outras autoridades convivem bem com a situação.

Um canal que poderia ser um local de convívio, de utilização para actividades aquáticas, é um esgoto a céu aberto, ainda por cima com floresta nos combros e até no leito, além de mantos de jacintos, que cobrem as águas. Uma desgraça, um enorme desperdício.

O ribeiro do Vale está sequestrado por interesses de alguns proprietários, que ao longo do seu curso, fizeram represas, desvios das águas.

A água que corre das bicas das duas fontes públicas (de Três Bicas e de Uma Bica) é desperdiçada.

O Pinheiro das Areias foi simplesmente abandonado à sua sorte, para descanso de alguns. Já não existe. E o Vale ficou mais pobre, mas aprece tanto faz.

Praticamente nada melhorou. Uma triste realidade, que o Vale de Santarém não tem sabido contrariar.

Algo poderá mudar, com as próximas eleições autárquicas? Aguardemos. Porém, se os valsantarenos continuarem a conviver pacificamente com este estado de coisas, que sistematicamente diminui a nossa terra, nada a fazer.

Pode ler aqui o que dissemos em 2013, aquando do nosso início.


Saudações ecologistas.

A Coordenação.

2025/04/10

CAMINHADA NO VALE DE SANTARÉM EM 25 D'ABRIL 2025

Integrada nas comemorações do 25 de Abril de há 51 anos, o Movimento Ecologista do Vale de Santarém realiza a tradicional caminhada, num percurso acessível de 5 km, na zona urbana e na envolvente da nossa vila. Vai ser, no âmbito das comemorações promovidas pela Junta de Freguesia.

Constituído em 2013, o Movimento veio realizando diversas caminhadas na área da nossa freguesia, com o objectivo de dar a conhecer, aos nascidos e outros habitantes do Vale, como a outros interessados, essencialmente: 
  1. Os trilhos de natureza e caminhos da freguesia e limites com as freguesias vizinhas, para poder evidenciar os aspectos que, do ponto de vista da proteccão do meio ambiente, estavam em situação crítica, nomeadamente a poluição da vala real (canal para onde foi transferido  o Rio Maior)  - que vem de há décadas e se mantém;
  2. A contínua degradação do Pinheiro das Areias, árvore classificada de Interesse Públco", que não foi objecto das atenções que devia ter, em devido tempo, pela tutela (ICNF  Ministério da Agricultura) e pelo poder autárquico, e dele hoje só resta um enorme coto, perdendo-se a árvore-memória de gerações e símbolo da natureza, que foi puramente abandonada; 
  3. A poluição dos solos em volta da vila, com despejos de materiais de construção e outros;
  4. O deficiente funcionamento da ETAR, que por alguns anos mais contribuiu ainda para a poluição da vala;
  5. A falta de atenção para com o ribeiro do Vale, que em alguns pontos veio sendo objecto de retenções de água, para interesses de alguns moradores, inclsuive com a construção de pequenos lagos e outras barreiras ao curso da água;
  6. A degradação do lugar histórico de lavagem de roupa no chamado "Rio da Quinta", que felizmente, pela nossa insistência e de outras associações e pessoas haveria de ser reabilitado pela Câmara / Junta de Freguesia;
Além disso, o Movimento interveio, com outras duas organizações das margens do rio Maior (o Movimento Ar Puro, de Rio Maior e o ECO-Cartaxo) na mesma problemática da defesa da despoluição deste rio/canal de Azambuja e propondo também a criação de uma ecovia nas suas margens, da sua nascente à foz, em Azambuja.
 
E ainda, o Movimento participa há anos no âmbito das actividades promovidas pelo prtoTEJO - Movimento pelo Tejo, que na bacia hidrográfica do grande rio ibérico tem actividade permanente e consequente, em diversos domínios em que, pelas evidentes alterações climáticas e outros factores, este relevante curso de água é prejudicado, com implicações negativas para os portugueses.

No essencial, todas as razões que levaram à constituição do Movimento Ecologista do Vale de Santarém se mantêm. Por isso, e porque em 25 de Abril devemos recordar e afirmar a Liberdade alcançada em 1974, é com a nossa caminhada que propomos que a celebremos e vivamos. Todos os dias.

A Coordenação do Movimento Ecologista do Vale de Santarém.