2020/10/22

PELOS NOSSOS RIOS, PELO NOSSO FUTURO

 Vai realizar-se no próximo dia 24 Outubro a acção promovida pelo proTEJO, associação à qual pertencemos, na mesma tendo começado a participar algum tempo após a nossa constituição, que foi em Agosto de 2013.

Esta acção, que vai incluir uma descida do Tejo em canoa, entre as Caneiras e Valada, é mais um grito de alerta a lembrar o estado calamitoso do grande rio ibérico, cuja estado de poluição, assoreamento e abandono começa em Espanha e continua em Portugal, até à foz. Praticamente todos os seus afluentes estão poluídos, devido à nefasta acção dos esgotos urbanos, dos efluentes industriais e dos despejos das suinicultoras.
Na zona do Vale de Santarém, e sem qualquer alteração desde que nos constituímos, a verdade é que o Rio Maior / Vala de Azambuja é um esgoto a céu aberto. Muito longe vão os tempos em que nas suas águas se podia nadar e pescar e, nos últimos anos, devido ao completo abandono do rio e dos combros, agora nem sequer se pode caminhar nas suas margens ou nele navegar.

O rio Tejo é, por isso, um rio a caminho da morte, conforme tem vindo a ser salientado em vídeos, jornais e revistas e diversos investigadores credenciados nesta área têm confirmado. Além do desvio de águas por parte de Espanha, para a região da Andaluzia (um roubo, que Portugal tem permitido) assistimos à degradação e perda de um património natural inigualável, o que exige uma forte condenação por parte dos cidadãos.
Precisamos de rios despoluídos e livres, e no rio Tejo, com um caudal cada vez mais reduzido, começa a subir a cunha salina, que vai chegando mais perto de Valada, uma situação grave, que muito preocupa os agricultores das margens do rio.
Aos cidadãos compete exigir medidas. Cidadãos de todas as idades, e uma evidência de que os jovens também sentem o direito e o dever de tomar parte nesta luta, está o facto de que o Clube de Canoagem Scalabitano, no qual muitos jovens praticam tal modalidade, se ter associado a esta realização, a qual só não tem grande presença popular porque a concentração em Valada foi desconvocada, devido à COVID.

O Movimento Ecologista do Vale de Santarém está totalmente com esta e outras realizações que, na nossa região como em qualquer zona do País, afirmem inequivocamente que a questão ambiental é decisiva, hoje e todos os dias. Não podemos baixar os braços. É o nosso dever, é o nosso direito, para defesa e salvaguarda do Sistema-Terra.

A Coordenação do Movimento Ecologista do Vale de Santarém.



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