2024/09/08

A EXIGÊNCIA DE UM VERDADEIRO REGIME DE CAUADAIS ECOLÓGICOS NO RIO TEJO

Continua a luta por um verdadeiro regime de caudais ecológicos no rio Tejo, e não se aceite a esmola de Espanha de caudais mínimos diários.

O proTEJO, organização na qual nos incluímos, dá conta dessa fundamental exigência, subscrita por um conjunto de 31 organizações portuguesas, espanholas e europeias, ambientalistas, sociais, culturais e autarquias, e que a defesa da implementação de um regime de caudais ecológicos foi ainda acompanhada pelas comunidades intermunicipais do Médio Tejo, Lezíria do Tejo e Beira Baixa, faltando a solidariedade da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e dos seus municípios para com aqueles situados a montante do rio Tejo.

Pode ler a publicação do proTEJO - Movimento pelo Tejo, organização na qual nos incluímos, aqui:


A Coordenação do Movimento Ecologista do Vale de Santarém.



2024/08/30

11 ANOS DEPOIS DA FUNDAÇÃO DO MOVIMENTO ECOLOGISTA DO VALE DE SANTARÉM

Foi em 30 de Agosto de 2013 que se fundou o Movimento Ecologista do Vale de Santarém.

Do que foi a nossa actividade até agora, encontra o que foi publicado no nosso blogue, em http://movecologsita.blogspot.com/.

A mensagem de apresentação, está na publicação cujo link é o seguinte:

De então para cá, muito aconteceu. Porém, para sermos claros, os problemas identificados continuam, na nossa zona, e alguns foram até soterrados por quem nada quis fazer, até agora, apesar das evidências e das chamadas de atenção, das reclamações, das propostas, das actividades de denúncia do nosso Movimento e de outras organizações da região onde estamos inseridos - o Movimento Ar Puro, de Rio Maior e o Eco-Cartaxo.

Não podemos desistir. É nesse propósito que estamos, apelando a quem vive na nossa terra, de todas as idades, para que não viremos as costas ao direito e dever de cidadãos (que a própria Constituição inclui) para protecção e preservação da natureza, contra os malefícios evidentes que, neste domínio, continuam a acontecer. Por nós, pelos nossos filhos e netos e pelos vindouros.

A poluição, as alterações climáticas, ganham esta guerra, se não actuarmos contra quem promove este ciclo de desgraça fatal, que continua e se intensifica.

Saudações ecologistas.

A Coordenação.



2024/08/13

CONTRA A POLUIÇÃO NOS AFLUENTES DO TEJO, É IMPERIOSO HAVER CIDADANIA ACTIVA

De novo, um crime ambiental num rio da região hidrográfica do Tejo

Agora, no Almonda, a notícia é o crime que matou milhares de peixes, talvez uma tonelada, revela a Câmara de Torres Novas. Quem será o poluidor, isso é coisa que ainda não se sabe. Aguardemos.

Também o rio Maior / canal de Azambuja, poluído há dezenas de anos, assim continua. Nas suas margens poderia até haver uma ecovia, da nascente à foz (em Azambuja) mas afinal continua a ser um esgoto, ao serviço das suinicultoras e de fábricas de tomate, sobretudo, é o que ao longo dos tempos tem sido denunciado.

Quatro câmaras municipais (Rio Maior, Santarém, Cartaxo e Azambuja) são as que este afluente do Tejo abrange, no seu percurso. Há uns anos, as câmaras fizeram uma sessão pública, em Santarém, sobre a questão da poluição provocada pelas suinicultoras, que também estiveram representadas. Ouviram-se promessas, que foram trazidas para a comunicação social. Quais os resultados, da intenção de mudança afirmada nessa sessão?
É preciso outra atitude de cidadania. É preciso outra dinâmica e organização no movimento associativo ecologista. E é preciso também ganhar a juventude para este objectivo: se o passado mais ou menos recente, e o presente, nos mostram estes crimes ambientais, a juventude tem de ser activa, participativa, acautelando o seu próprio futuro, o dos seus filhos e do planeta.
A poluição, como as alterações climáticas, nas quais o ser humano é, em sentido lato, o agente causador, só podem ser eficazmente combatidas se houver um acréscimo substancial de consciência e de açção cívica, neste sentido, por parte dos cidadãos, pois a realidade mostra que os poderes, a todos os níveis, acabam por não ser activos e consequentes perante as acções maléficas dos que poluem os rios, mares, oceanos, os solos, o ar.
Algo de novo é preciso, para que isto não continue.

Abaixo, imagem do crime no Almonda, no Mais Ribatejo, em 12 Ago 2024.



2024/04/05

CAMINHADA DA COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL, NO VALE DE SANTARÉM

    Uma caminhada, uma confraternização, e a comemoração, no contacto com a natureza do Vale de Santarém, da passagem dos 50 anos do 25 de Abril, que restituiu a Liberdade aos Portugueses, e também permitiu iniciar um novo caminho, no âmbito da defesa e preservação do meio ambiente e do bem-estar das populações, pela defesa da nossa Casa Comum, que é a Terra.

    A poluição dos solos, do ar, dos rios, dos mares e oceanos é hoje de uma dimensão incalculável, os incêndios e a destruição de espécies alastram pelo planeta, os fenómenos extremos das tempestades, das inundações e das secas alastram, as alterações climáticas estão mais do que comprovadas. 

    A verdade é que, apesar de todas estas evidências e dos sistemáticos estudos e avisos de eminentes especialistas, muitos governantes, empresários e grupos de pressão, concordam em agir como se a realidade não fosse essa, que nos está a conduzir à destruição do planeta.

    Qualquer acção, qualquer organização a nível local, é importante para combater esta postura de destruição e morte, e para ajudar a criar a consciência alargada de que há que agir e trabalhar nesse sentido.

    O Movimento Ecologista do Vale de Santarém, com as suas forças e determinação, enquadra-se neste objectivo, na área da vila e na zona mais alargada da bacia hidrográfica do Tejo. 

    É isso que reafirmamos, nas comemorações dos 50 anos da gloriosa revolução dos Capitães de Abril, da Liberdade e Democracia conquistadas, e que, na nossa actividade, também queremos defender e manter.






2024/02/25

AS 15 REIVINDIÇAÇÕES EM DEFESA DOS RIOS E DA ÁGUA, APRESENTADAS AOS PARTIDOS POLÍTICOS, UMA DAS MISSÕES DOS MEMBROS DAS UNIDADES ORGANIZACIONAIS AGORA ELEITOS

 Comunicado

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24 de fevereiro de 2024

proTEJO elegeu hoje as suas unidades orgânicas e 

mobiliza-se para a defesa da bacia do Tejo 

num amplo projeto de cidadania em defesa dos rios e da água

O proTEJO – Movimento pelo Tejo elegeu, em reunião presencial do seu Conselho Deliberativo de 24 de fevereiro de 2024, as seguintes unidades organizacionais:

UNIDADES ORGANIZACIONAIS DO

proTEJO – Movimento pelo Tejo

2024-2025

Conselho Consultivo

Presidente

Mendo Castro Henriques

Mesa do Conselho Deliberativo

Presidente

José Manuel Sequeira Louza

Vice-Presidente

Pedro Alexandre de Sousa Triguinho

Secretário

Arlindo Manuel Consolado Marques

Porta vozes

 

Ana Maria da Costa Silva

Paulo Fernando da Graça Constantino

Além disso, fez-se o ponto de situação quanto ao “Encontro Nacional de Cidadania em defesa dos Rios e da Água – 2024”, que se realizará em maio do corrente ano, e às 15 reivindicações em defesa dos rios e da água apresentadas aos partidos políticos candidatos às eleições legislativas de 2024.

2023/08/30

O MOVIMENTO ECOLOGISTA DO VALE DE SANTARÉM FOI CRIADO HÁ 10 ANOS

Passam hoje 10 anos sobre o dia em que um conjunto de mulheres e homens do Vale de Santarém decidiram criar o Movimento Ecologista, após uma série de reuniões, na sede do Clube de Amadores de Pesca da vila.

Com o apoio de duas outras organizações que há algum tempo intervinham na zona do rio Maior - o Movimento Ar Puro, de Rio Maior, e a ECOCARTAXO - exactamente lutando contra a poluição que há anos se abatera sobre o importante afluente do Tejo, a criação do Movimento Ecologista do Vale de Santarém ocorreu no dia 30 de Agosto de 2013, passando a actuar no mesmo sentido, em colaboração com aquelas organizações, inseridas também no proTEJO - MOVIMENTO PELO TEJO.

Além da poluição do rio Maior, uma triste realidade então já com décadas (assim como o seu abandono pelas autoridades e a perda dos combros, invadidos por árvores, tornando impossível ali caminhar), outros problemas, de âmbito local, exigiam a intervenção do nosso Movimento, principalmente: 

  • O ribeiro que atravessa a vila, pela poluição que passou a apresentar, mas também pelo abandono que revelava, quase desaparecendo o seu leito, e com a retenção de água por alguns moradores; 
  • A degradação e abandono dos antigos locais de lavagem do ribeiro, com destaque especial para o "rio da quinta" das Rebelas, em risco de se perder um rico e notável património histórico;
  • A degradação e abandono do Pinheiro das Areias, árvore monumental, também notável pela sua longa idade, e de enorme valor histórico para a nossa comunidade, reconhecida pela Lei como "árvore de interesse público";
  • A poluição na vila e seus arredores, com vazamento de lixos de construções e de todos os tipos, nas bermas, nos pinhais, nos matos;
  • A preservação de património histórico da vila, como as fontes (de Três e de Uma Bica), do Pombal e da Ponte do Vale, relíquias da comunidade, que fazem parte da sua identidade e memória colectiva.
Ao longo destes 10 anos realizámos diversas acções de acompanhamento e denúncia pública, como perante os poderes autárquicos, administrativos e policiais (ICNF  e SEPNA) de situações reiteradas de poluição e de outros incumprimentos das leis, relativamente aos assuntos do meio ambiente na nossa vila, como daqueles que envolvem a bacia hidrográfica do Tejo.

Apresentámos publicamente vídeos denunciadores da poluição em São João da Ribeira, vazada para o rio Maior, uma calamidade todos os anos durante a época do funcionamento da fábrica do tomate, bem como do vazamento, na zona da Ponte de Asseca, do que ali chega da ETAR de Santarém. 

Participámos em reunião com as quatro autarquias em cujo território corre o rio Maior (Rio Maior, Santarém, Cartaxo e Azambuja) sobre a poluição evidente, continuada, que não diminuiu, envolvendo essa reunião membros das pecuárias operando nas margens e proximidades do rio.

Apresentámos à Junta de Freguesia, como à Câmara Municipal de Santarém, um abaixo-assinado com cerca de 700 assinaturas, sobre a situação de degradação e eminente colapso do Pinheiro das Areias.

Realizámos diversas caminhadas, na zona urbana e em toda a área geográfica do Vale de Santarém, exactamente para dar a ver o território da vila, os seus limites, os percursos pedestres que sugerimos passassem a ser conhecidos e, para além da prática salutar da caminhada em ambiente de natureza, por essa via também ajudar na observação e denúncia de situações de abandono e poluição.

Estas e outras situações, ao longo destes anos, mereceram a nossa atenção e denúncia sistemática, mas participámos também em acções de âmbito mais alargado, na bacia hidrográfica do Tejo, promovidas pelo proTEJO. 

Através deste nosso Blogue, e também pelo Facebook, demos conhecimento das nossas actividades nesta luta que, temos de reconhecer, como tantas organizações e pessoas conhecedoras vêm fazendo, está sendo muito difícil, e são muitas e muito diversas as razões pelas quais as mudanças positivas não estão a ser conseguidas. 

A poluição que se mantém em níveis elevadíssimos nos solos, no ar, nos mares e oceanos, em todo o mundo, com as evidências do aquecimento global, com as devastadoras consequências das alterações climáticas há muito reveladoras, ainda não estão a ter a compreensão e acção das populações, ao nível do planeta, que impliquem a exigência contínua, persistente e inadiável, de alterações fundamentais que tais evidências reclamam e que, como é fácil constatar, os actores e interessados no sistema capitalista reinante continuam a recusar, com o apoio de políticos e governantes, por eles mesmos orquestrados, manipulados, silenciados, ou colaborantes activos.

Pela nossa parte, e no que respeita à nossa área específica, verificamos o que é sobejamente conhecido, e de que temos dado nota, mas sobretudo: 
  • A poluição no Rio Maior continua, como há décadas, e nos combros cresceram e desenvolveram-se árvores em tal quantidade e dimensão, que hoje é impossível neles caminhar; as árvores também se desenvolveram dentro do rio, de modo que, mais ainda com mantos de jacintos no leito, é impossível ali navegar;   
  • O Pinheiro das Areias foi decepado pelos vendavais, mas isso aconteceu mais pelo abandono a que foi votado pelas entidades a quem competia a sua preservação: o ICNF e o poder autárquico de Santarém;
  • O ribeiro do Vale de Santarém deixou de ter leito em grande parte do seu percurso e, além disso, nele só corre água quando chove em boa quantidade e por períodos contínuos. Felizmente, pela nossa insistência, foi recuperado e beneficiado o local de lavagem do "rio da Quinta", pela acção conjunta da Câmara Municipal de Santarém e da Junta de Freguesia do Vale.

Tal como temos dito, a continuação da cidadania activa e  alargada, com mais e mais pessoas interessadas em contribuir para melhorar o meio ambiente, poderá alterar esta lastimável situação. 

Por isso, apelamos a todos os que sentem que isto tem de mudar, para que devem manifestar-se, seja qual for a sua idade, participando nas atividades que propomos e sugerindo outras acções e outras áreas a ter em conta, nesta luta, que é tanto mais vitoriosa quanto mais pessoas nela participarem. 

Em especial, lançamos esse apelo aos jovens do Vale de Santarém. Neste, como em todos os domínios da vida em sociedade, os jovens têm um papel fundamental, participando na construção do melhor futuro, com a energia e as ideias inovadoras que a juventude sabe emprestar à vida em sociedade, e que urge conhecer e acolher. 

Por exemplo, o rio Maior, que poderia ser um contínuo canal de prática de actividades lúdicas, em meio natural, precisa da vossa atenção, em sua defesa, se não aumenta o seu papel como esgoto a céu aberto, que é, há décadas.

Pela nossa parte, continuamos nesse propósito, querendo mais e mais activa adesão às nossas actividades, e energias renovadoras, para mais e melhor, no meio ambiente do Vale de Santarém.

De parabéns, que partilhamos com todos, pela 1ª década da nossa existência e acção de cidadania,

Saudações ecologistas, nelas envolvendo os nossos companheiros do Movimento Ar Puro, de Rio Maior, e a EcoCartaxo, bem com o proTEJO-Movimento pelo Tejo, e todos os dirigentes e activistas, em Portugal, nesta luta pela Vida e pela sobrevivência do nosso Planeta,

A Coordenação.