2024/08/13

CONTRA A POLUIÇÃO NOS AFLUENTES DO TEJO, É IMPERIOSO HAVER CIDADANIA ACTIVA

De novo, um crime ambiental num rio da região hidrográfica do Tejo

Agora, no Almonda, a notícia é o crime que matou milhares de peixes, talvez uma tonelada, revela a Câmara de Torres Novas. Quem será o poluidor, isso é coisa que ainda não se sabe. Aguardemos.

Também o rio Maior / canal de Azambuja, poluído há dezenas de anos, assim continua. Nas suas margens poderia até haver uma ecovia, da nascente à foz (em Azambuja) mas afinal continua a ser um esgoto, ao serviço das suinicultoras e de fábricas de tomate, sobretudo, é o que ao longo dos tempos tem sido denunciado.

Quatro câmaras municipais (Rio Maior, Santarém, Cartaxo e Azambuja) são as que este afluente do Tejo abrange, no seu percurso. Há uns anos, as câmaras fizeram uma sessão pública, em Santarém, sobre a questão da poluição provocada pelas suinicultoras, que também estiveram representadas. Ouviram-se promessas, que foram trazidas para a comunicação social. Quais os resultados, da intenção de mudança afirmada nessa sessão?
É preciso outra atitude de cidadania. É preciso outra dinâmica e organização no movimento associativo ecologista. E é preciso também ganhar a juventude para este objectivo: se o passado mais ou menos recente, e o presente, nos mostram estes crimes ambientais, a juventude tem de ser activa, participativa, acautelando o seu próprio futuro, o dos seus filhos e do planeta.
A poluição, como as alterações climáticas, nas quais o ser humano é, em sentido lato, o agente causador, só podem ser eficazmente combatidas se houver um acréscimo substancial de consciência e de açção cívica, neste sentido, por parte dos cidadãos, pois a realidade mostra que os poderes, a todos os níveis, acabam por não ser activos e consequentes perante as acções maléficas dos que poluem os rios, mares, oceanos, os solos, o ar.
Algo de novo é preciso, para que isto não continue.

Abaixo, imagem do crime no Almonda, no Mais Ribatejo, em 12 Ago 2024.



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