É GRAVE A SITUAÇÃO DE POLUIÇÃO DO RIO MAIOR E URGE UMA RESPOSTA CAPAZ
No passado dia 8 de Novembro reuniram
os membros das coordenações da Associação Eco-Cartaxo Mae, Movimento Ar Puro
(Rio Maior) e Movimento Ecologista do Vale Santarém. Foi tida em conta a situação
de poluição que se mantém no rio Maior, sobretudo pela acção de fábricas e
suinicultoras que, não cumprindo as regras legais estabelecidas, transformam o
rio num vazadouro de matérias poluentes, a que se somam as descargas não tratadas
de esgotos urbanos, inclusive da ETAR de Santarém, como foi evidenciado em
fotos e vídeos mostrados aqui há meses.
Se a prática que se verifica há décadas conduziu o rio Maior a este estado vergonhoso, há que dizer que, além de tais atentados, a poluição se deve à falta de uma
visão estratégica de ordenamento do território em toda a bacia hidrográfica do
rio Maior, dando cumprimento à Directiva Quadro da Água da União Europeia e à designada
Lei da Água portuguesa. São descargas directas para o rio, linhas de água
superficiais e subterrâneas, sem tratamento, apesar de em alguns casos, por nós
referenciados, terem ETARS e ECTES (Estações de Tratamento de Águas Residuais e
Estação Colectiva de Tratamento de Efluentes Suinícolas) construídas com
dinheiros públicos, que estão desactivadas, a degradarem-se e, neste último
caso, a não produzirem energia eléctrica, a partir de efluentes altamente
poluidores, para minimizar a dependência energética a que o país está sujeito.
CRIAÇÃO DE UMA ECOVIA AO LONGO DO ANTIGO RAMAL FERROVIÁRIO DE RIO MAIOR
Outro assunto tratado foi a proposta a apresentar da construção
de uma Ecovia ao longo do ramal da antiga via-férrea de Rio Maior, entre
Rio Maior e o Vale de Santarém, com continuação, a partir da Ponte de Asseca,
pelo combro do rio Maior/vala de Azambuja. Este traçado, à semelhança de outros
que, em Portugal, já foram aproveitados para o mesmo fim, será uma mais-valia para
a zona envolvente do leito do rio Maior, utilizando as condições naturais
existentes para práticas saudáveis ao ar livre, caminhadas, passeios a pé, em
bicicleta, pesca, canoagem, orientação e outras, proporcionando, nas margens do
rio, uma revitalização e encontro das populações, com práticas de respeito e de
defesa da natureza.
Esta Ecovia, sendo um benefício de grande importância no sentido de promover a utilização das margens do rio Maior pelas populações, soma-se às iniciativas que devem ser tomadas no sentido da sua despoluição.
Sobre estes dois assuntos foram projectadas diversas acções
a propor às populações, às autarquias (dos concelhos de Rio Maior, Santarém,
Cartaxo e Azambuja) e outras entidades, de que, oportunamente, se dará
conhecimento público.
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