2019/06/16

Descida do rio Maior entre a Ponte do Vale e a Ponte de Santana-Cartaxo em 29 Março 2014


O rio Maior, afluente do Tejo, é uma das nossas principais áreas de observação, desde que, como Movimento Ecologista nos constituímos, em Agosto de 2013. Em 29 Março 2014 fizemos uma descida em barco, entre a Ponte do Vale e a Ponte de Santana, já depois de termos organizado uma caminhada, muito participada, que foi da Ponte de Asseca à Ponte de Santana. Poluído há mais de 40 anos, conforme as autoridades e autarquias reconhecem, sabendo quem o faz, o rio nada tem melhorado. Os problemas que identificámos em 2014 mantêm-se e até se agravaram.

Já havíamos divulgado parte dessa viagem, através de um vídeo, mas agora publicamos o vídeo de toda a descida em barco. Ele aqui está. Não foi uma viagem de recreio, embora também pudesse ter sido. O que se mostra, para além da beleza do rio, são os aspectos negativos que as organizações ecologistas das suas margens há muito identificaram e têm denunciado: abandono do rio, com o leito coberto de árvores, em grandes extensões; poluição (a própria água revela-o, até pelo cheiro); cobertura das águas por jacintos, que são a morte das suas águas; combros com árvores e silvados, impedindo a passagem; uma ponte então em início de ruína, mas que agora está completamente destruída.

Esta descida do rio, feita pelo Movimento Ecologista do Vale de Santarém, interessa também às outras organizações ecologistas da zona: Movimento Ar Puro (Rio Maior); No Coração da Cidade (Santarém); Eco-Cartaxo (Cartaxo). Lembramos que o rio Maior envolve território de quatro concelhos: Rio Maior, Santarém, Cartaxo, Azambuja.
 
A pergunta que se põe é a seguinte: depois de as câmaras da zona, há três anos, terem publicamente reconhecido a poluição do rio Maior, será que vão intervir no sentido de que este mal acabe, proporcionando condições para a pesca, para a fruição das suas águas (canoagem e passeios de barco, por exemplo) e para as regas, sem malefícios para a saúde, pois os seareiros, que não são culpados, só têm água poluída para regar?... Ou, também o rio Maior, vai continuar a contribuir para a poluição do Tejo, como outros seus afluentes, quer rios, quer ribeiras, quer valas?
 
As associações ecologistas e os cidadãos da região, como muitos outros, têm feito muitos alertas, com conhecimento de causa, que é o que lhes compete. Que vai fazer quem tem poderes políticos e técnicos para tal? Ou seja, as autarquias, assim como os organismos da tutela do Ambiente, que vão fazer?
 
Entretanto, o link para o vídeo aqui está:

https://youtu.be/q35SFjpWWQA



Foto de um troço do rio Maior (vala real de Azambuja ou de Asseca) entre a Ponte do Vale de Santarém e a Ponte de Santana-Cartaxo.

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